quinta-feira, 1 de outubro de 2009


Quando nada subsiste de um passado antigo,

depois da morte dos seres,

depois da destruição das coisas,

sozinhos, mais frágeis porém mais vivazes,

mais imateriais, mais persistentes, mais fiéis,

o aroma e o sabor permanecem ainda por muito tempo,

como almas, chamando-se, ouvindo, sobre as ruínas de tudo o mais,

levando sem se submeterem, sobre suas gotículas quase impalpáveis,

o imenso e difícil das recordações

= Marcel Proust =

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