quinta-feira, 19 de agosto de 2010

James Browne

Máquina breve


O pequeno vaga-lume
com sua verde lanterna,
que passava pela sombra
inquietando a flor e a treva
— meteoro da noite, humilde,
dos horizontes da relva;
o pequeno vaga-lume,
queimada a sua lanterna,
jaz carbonizado e triste
e qualquer brisa o carrega:
mortalha de exíguas franjas
que foi seu corpo de festa.

Parecia uma esmeralda
e é um ponto negro na pedra.
Foi luz alada, pequena
estrela em rápida seta.
Quebrou-se a máquina breve
na precipitada queda.
E o maior sábio do mundo
sabe que não a conserta.

Um comentário:

  1. Olá querida!!! Passei pra retribuir a visita e me encantei, pois poesia é comigo mesmo e é disso que o mundo precisa: arte, sensibilidade, encantamento.
    Grato pelo carinho, vc é sempre bem vinda lá no meu espaço.
    bjos

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